sábado, 20 de novembro de 2010

Visão empreendedora na universidade!

A visão empreendedora nas Universidades!





Reitor da UFPE faz balanço sobre Seminário de Inovação
O reitor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Amaro Henrique Pessoa Lins, fez um balanço do "Seminário Empreendedorismo, Ciência e Inovação" promovido pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e pelo portal de Educação Superior Universia Brasil, realizado no último dia 12 de maio, em Recife. Segundo ele, as universidades precisam "fortalecer a visão de empreendedorismo através dos currículos das diversas áreas". Lins fez elogios à Lei de Inovação e disse ainda que as universidades podem interagir com o setor empresarial sem risco de mercantilização das pesquisas. Confira abaixo os principais trechos da entrevista.
Universia - Como o senhor acha que um evento como o que foi realizado aqui na UFPE ajuda a região?
Amaro Henrique Pessoa Lins - O objetivo principal é mobilizar a comunidade acadêmica acerca da importância do desenvolvimento do empreendedorismo dentro das instituições a partir dos novos mecanismos, do novo ambiente que se tem com a aprovação da Lei da Inovação de 2004. Esse é o cenário de hoje.
Universia - E o que o senhor acha que deve acontecer para estimular o desenvolvimento de pesquisas aqui no Nordeste e na região Norte também?
Amaro Henrique Pessoa Lins - Primeiro as universidades precisam se estruturar com os seus núcleos, os NITs, os núcleos de inovação em tecnologia, dentro das universidades. Precisam fortalecer a visão de empreendedorismo através dos currículos das diversas áreas e precisam buscar uma informação maior com o setor empresarial na busca de soluções de demanda na sociedade.
Universia - E como é que dá para se aproximar desse empresário que em parte tem certa desconfiança em embarcar em projetos tão incipientes como as pesquisas feitas nas universidades?
Amaro Henrique Pessoa Lins - Hoje nós temos um novo ambiente que é diferente. A Lei da Inovação, por exemplo, estimula a participação, a integração da universidade com o setor empresarial. E alguns outros mecanismos de financiamento para promover esse relacionamento através da própria Finep, e através de outras ações de outros ministérios têm criado agora um ambiente mais favorável para isso. Então é apostando nesse novo ambiente favorável para essa integração que achamos que a tendência daqui para frente será de ampliar essa cooperação.
Universia - E em ações pontuais, práticas, como é que se faz essa integração universidade-empresa?
Amaro Henrique Pessoa Lins - As empresas percebem aos poucos que para ganhar, precisam inovar seus diversos setores. E esse laço é importante para isso, ter a consciência de que o único caminho que elas têm é procurar parceria e obter o conhecimento gerado na universidade, daí o papel do Universia é ser um articulador dessas ações, é procurar colocar juntos academia, setor empresarial e governo. Existem algumas ações já muito claras do Ministério da Ciência e Tecnologia e do próprio Ministério da Educação. Essa última lei que foi aprovada em relação universidade-empresa é um exemplo. Através dela há renuncia fiscal, existe um valor muito grande de recursos para as empresas que quiserem trabalhar junto a universidade. Existem então esses mecanismos e a contratação de pessoas e doutores para serem assumidos pelas empresas. O governo também tem uma ação através da própria Finep (Financiadora de estudos e projetos) e do CNT para induzir essa absorção pelas empresas de doutores, de pesquisadores da instituição que teriam a oportunidade de passar algum tempo dentro da empresa sem quebrar seu contrato com a universidade. Por exemplo, passa um ano na empresa. Já está dentro da Lei de Inovação, o pesquisador que tem um projeto em desenvolvimento, um projeto que interessa a empresa, ou ele poderia ficar um ano e desenvolver o próprio negócio, um produto ou um serviço que ele tenha, ou poderia participar disso dentro de uma empresa. Depois desse um ano ele pode decidir se volta para a universidade ou se fica na empresa.

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